quarta-feira, 26 de setembro de 2012

MEU CASAMENTO LÉS



Querido diário. Ops... Querido Blog. Veja bem. Não que eu seja assim perfeita e tal. Mas, eu tentei e cansei. E acho que tão cedo não quero pensar nessa ideia de “casamento”. Sei lá. Foi desgastante pra mim... 

Acho que tirou demais a minha privacidade
E eu tenho esse lado “não me sufoque”... tipo:
 “hoje me deixa quieta que eu quero deitar na rede e pensar na vida”,
ou “vou tocar um pouco de violão pra relaxar e depois eu já te encho de beijos”,
 ou “não estou brava com você amor eu só queria ficar na net um pouquinho lendo meus blogs favoritos, será que posso”,
ou “amor minhas melhores amigas vão fazer uma janta amanha e to morrendo de saudades delas, mas como sei que você não vai deixar já avisei que não vou... ”.

Enfim, esse pequenos detalhes da minha ‘prisão domiciliar’ foram acabando com aquele amor lindo e gostoso que existia dentro do meu coração. Juro! Eu tremia toda vez que ouvia aquela frase com entonação de posse “você é minha entendeu... só minha”. Dava medo, parecia uma coisa assim “se você encostar a mão nesse violão eu te quebro toda”, ou algo do tipo “tenho ciúmes até do ar que você respira”.

Cheguei à conclusão que não consigo conviver com pessoas cheias de regras e menos ainda com excesso de posse.

Mas, enfim, tirando o que estraga. Vários momentos da vida a duas são maravilhosos. Como, acordar e receber café da manha na cama (embora tenha sido só no começo e depois eu quem levava café na cama todos os finais de semana). Aquelas flores que eu nunca recebi e esperei, mas mandei várias vezes... 

Ops  esqueci que eu tava falando do lado bom. Vamos lá! Os prós de morar junto com a mulher amada ... Um deles é acordar todo dia e sentir o cheirinho dela, aquele cheirinho gostoso que só a pele dela tem e que fez você se apaixonar. Passar a mão no corpo dela e pensar “hum que gostoso” e começar a beijar devagarinho o pescoço, as costas só pra ver ela se arrepiar toda. Dormir de conchinha todos os dias da semana. Aquela sensação de ir dormir e saber que não está sozinha, que tem alguém pra te abraçar e segurar sua mão.

Beijo na boca todo dia. Abraços e carinhos. Dengos. A companhia para aquela cervejinha na sacada no fim de tarde após um dia exaustivo no trabalho. Alguém que vai te ouvir quando você chegar em casa chateada por que discutiu no trabalho, ou quando sua mãe te falou algo que você não gostou.

É muito bom ter alguém para dividir os melhores momentos da sua vida. Os bons momentos, os maus momentos. É muito bom ter alguém que vai te colocar no colo se você estiver se sentindo triste. É muito bom ficar namorando na cama nos dias frios e de chuva... É muito bom ter companhia para o jantar todos os dias. É maravilhoso quando depois da briga vêm as “pazes” e daí... bom... rola!!! De um jeito que parece sempre mais intenso depois da briga.

É uma pena que no meu caso as coisas chegaram aos extremos, mas tenho que confessar que não tá nada mal agora... assim “free” e assumida. Coisas inesperadas acontecem (mulheres inimagináveis)...

Hehehe

Mas, isso deixa pra próxima

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mãe eu casei com uma mulher (parte II)


...continuando... 

...dois meses depois de conhecer ela eu fui morar junto dela. Ou seja, um mês pra conseguir ficar com ela, um mês ficando, um mês namorando e depois morar juntas.

Sabem como é eu parava mais na casa dela do que na minha. Nos finais de semana praticamente morava na casa dela. Quem é do meio a mais tempo sabe como as coisas acontecem rápido né (quem tá em cima do muro uma hora vai entender o que estou dizendo). Durante a semana eu ia pra casa dela e acabava dormindo. Tinha que madrugar para ir na minha casa me arrumar para ir trabalhar. Enfim, acabei me mudando de mala e “escova de dente” para o APÊ dela.

Acredito que esse foi o erro que cometi. Eu pulei a fase "vamos namorar, nos conhecer, aprender uma sobre a outra e ver se vai dar certo". Fomos direto pro tudo ou nada. E como todo "casamento" que se preze é óbvio que no começo era tudo mil maravilhas. Aquela coisinha chamada paixão faz a gente esquecer o resto. Vivíamos nos divertindo, saindo, rindo, brincando uma com outra e pra completar rolava MUITO sexo (o que eu particularmente considero 60% de uma relação – pra não exagerar demais rsrs). Parecia uma sintonia perfeita...

Quando minha mãe soube que eu tava morando com uma mulher passou um bom tempo sem olhar pra minha cara direito. E eu enfrentei mais uma barra com a família. Tive que ir aos poucos mostrando que ela era uma mulher bacana, uma pessoa do bem. Acho que o medo da mãe era que eu chegasse em casa com uma sapa vestida de macho de boné virado pra trás. Nadaaaaa contra viu pessoal, tenho muitas amigas assim. Mas, meu lance é mulher de verdade, NEM PRECISA SER TÃO FEMININA, mas eu gosto de cabelos, peitos, bundas, corpos delicados, ou seja mulher que me desperte desejo (embora eu também seja feminina). Ou seja, não sinto atração por mulher que se veste de homem, sinto atração por mulher que é mulher. 

Mas, voltando ao assunto (família) depois que todos conheceram ela perceberam que ela era uma pessoa especial. Uma mulher com um coração incrível. Dessas que não faz mal a ninguém. E talvez tenha sido essa qualidade que fez a relação durar o tempo que durou (3 anos). Por que eu jamais conheci alguém de tamanha ingenuidade e coração bom. Uma beleza interior de tirar o chapéu.

Mas, como nem tudo na vida é um mar de rosas... com o tempo, vieram os defeitos uma da outra e foi então que eu pensei: “que merda eu fiz”. Claro que amar alguém exige tolerância, respeito, exige que saibamos relevar os defeitos, etc e tal. Mas, se eu tivesse namorado primeiro antes de juntar “as escovas de dente” eu teria conhecido melhor as manias dela e daí sim saberia se conseguiria lidar ou não. E ela também iria me conhecer melhor.

Aconteceu que... descobrimos que éramos muito diferentes uma da outra. Eu totalmente social, sempre querendo estar com os amigos, fazer amigos, sair, passear. Desse meu jeito que detesta monotonia e rotina (imagine só uma libriana com ascendente em gêmeos – dois signos altamente sociáveis). Ela totalmente caseira, do tipo que gosta de ficar sempre em casa de grudezinho. 

Assim, eu amo namorar, amo um clima de romance, paixão, jantares a luz de vela, adoro surpreender, provocar, estar juntinha, ficar colada. Amo beijar... gosto muito de ficar beijando, acariciando, passando a mão nos cabelos (amo cabelos femininos). Mas, o estar em casa dela era apenas deitar na cama do meu lado e ficar assistindo TV ... OLHA SÓ O DESABAFO AQUI. Rsrs

Bom, e lógico vieram muitas outras diferenças. Eu gosto de praia e ela odeia. Eu gosto de festas e ela não. Eu gosto de praticar esportes e ela é sedentária. E por ai vai. Ela querendo me prender o tempo todo nela. Só ela e mais nada e mais ninguém. Me afastou dos amigos e todas as coisas que eu gostava de fazer. Até para visitar a minha mãe eu era controlada... 

E foi assim começamos a entrar em conflito por qualquer motivo, sempre que uma queria fazer uma coisa e a outra não. Discutir inclusive por rotinas domésticas, afinal cada uma tem um jeito de organizar as coisas e manter a limpeza. E isso tornou a nossa convivência uma rotina cansativa e chata. Para completar problemas financeiros da parte dela fizeram ela se desligar de mim totalmente... ela passou a se preocupar tanto com problemas que acabou esquecendo-se de “nós” e criou um outro problema. Nossa relação, antes deliciosa, se tornou uma amizade. Nem amor a gente fazia mais.

Eu acordava empolgadona num sábado de manha e dizia "Amor vamos passear em algum lugar, fazer isso, fazer aquilo... "
E ela "não, vamos dar a nossa voltinha na praça, fazer nosso almocinho, nosso cafézinho da tarde e passar a noite vendo TV juntinhas".

Eu acabei me acostumando tanto com essa rotina que acabei nem percebendo o quanto me fazia mal...

E eu fiquei tentando salvar a relação diversas vezes, de diversas formas, conversei, chorei, continuei escrevendo bilhetinhos de amor, preparando jantares especiais com vinho e tudo que fosse possível. Sempre tentando dar força nos momentos difíceis.

Mas, como não sou de ferro... acabei ficando esgotada...

(VOU CONTINUAR NA SEXTA-FEIRA A NOITE CONTANDO OS PRÓS E CONTRAS DA MINHA EXPERIÊNCIA DE VIDA A DUAS... E BOM DEPOIS EU VOU CONTAR COMO TÁ A MINHA VIDA HOJE...)