quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ela veio II

Bom, agora que sobrou um tempinho vou narrar o acontecimento de ontem. Com bom humor é claro, porque chega de depressão e lamentação do namoro nesse blog.

Após ter passado o final de semana longe da namorada e junto da família numa praia, a menina virou uma flor de tão doce e meiga que ficou (acho que mulher gosta de ser desprezada mesmo rsrs). Enfim, depois que eu a ignorei, ela ficou toda melosa. Irritante até. Perguntando o tempo todo: “porque você está diferente amor?”.

Na segunda-feira ela me liga e pergunta se pode me ver na terça, eu já sem muito apego respondo apenas “uhum, pode ser”. E ela percebendo minha indiferença pergunta o que está acontecendo, por que eu estou diferente. Respondi que não era nada, apenas estava cansada da viagem. O que era mentira minha, é óbvio, pois eu tava jogando com ela igualzinho ela faz comigo. Eu queria testar até que ponto iria à capacidade dela de ser estúpida e indiferente. Se funcionou? Continua lendo...


TERÇA-FEIRA (dia de ver a namorada depois de uma semana)

A namorada me liga de manha cedo pra me dar bom dia e dizer que está com saudades. Ué? Muito estranho, mas tudo bem.

-- Meio-dia a namorada liga e diz: “amor eu passei mal, to tonta e enjoada, será que é virose? Será que não é melhor a gente se ver amanha? Não quero passar isso pra você, caso seja virose mesmo”.

Eu a principio acreditando e preocupada pergunto onde ela está, se ela quer que vá até lá para ajudar caso for preciso.

Ela responde: Não precisa, eu vou esperar meu chefe chegar e vou pra casa.

Então eu digo: Você que sabe, mas presumo que se você for pra casa, amanha tua mãe não vai deixar você sair porque passou mal hoje e não vamos nos ver como sempre.

Ela: ai amor, é melhor eu ficar com saúde né.

Eu já desconfiando, afinal se ela estivesse realmente mal, acho que não se importaria que eu fosse até onde ela estava, pelo contrário ligaria pedindo que eu fosse socorre - lá. Mesmo assim respondo: Sim, claro que é importante tua saúde minha linda!

Resolvo insistir mais um pouco se ela quer que eu vá até ela. E ela diz que não precisa, que faz muito calor para eu sair. E eu respondo que não importa isso, que pode fazer calor de 50 graus ou cair pedra que vou querer ver quem eu gosto mesmo assim.

Ao perceber que o cerco estava apertando ela pergunta se pode ir até a minha casa. E eu digo “como assim, você não está mal? Como vai andar por ai assim nesse calor?”. Nesse momento ela percebe o furo que deixou e diz “então vem aqui amor?”. E eu “ok! em 5 minutos estarei ai”.

Tan tan tan... e lá vou eu, a namorada trouxa e amorosa atrás da namorada indiferente e pelo visto mentirosa. No caminho fico pensando na história do “estou passando mal”.

Chego lá e não vejo nenhum sinal de ela estar passando mal. Tava com uma cara de fingimento descarada. Mesmo assim, tentei acreditar que ela realmente tivesse passado mal. Sentei ali ao lado dela e apenas fiquei. Depois da última briga e de uma semana toda sem vê-la sendo que moramos pertíssimo uma da outra, o que por sua vez não justifica a gente não se ver. Se fosse um namoro à distância tudo bem. Enfim, fiquei ali mascando meu chiclete e olhando pra lugar nenhum. A namorada nesse momento percebendo minha falta de atenção, começa a perguntar por que estou diferente, o que aconteceu, por que isso, por que aquilo.

Respondo ironicamente: “aconteceu nada, é que a minha namorada é fantasma sabe, ela aparece só de vez em quando, é praticamente virtual, só falo por telefone com ela”.

A namorada fica muda nesse momento e tenta se aproximar, fica pedindo pra eu ficar pertinho dela, pedindo carinho e eu fingindo que não tava nem ai pra ela, mas no fundo louca pra dar um abraço e um beijo, uma cheirada no pescoço. Aff... Sou louca por essa mulher. Porém, continuo com a “brincadeira” dizendo: “bom tenho que ir, combinei com umas sapas pra elas irem lá em casa hoje a tarde tá ligada, é que eu nem vejo a namorada e ela é um iceberg, então tenho que dar uma vez pras outras”.

A namorada surta e quase pula no meu pescoço. E eu dou aquela gargalhada, abraço a mulhé e lasco um beijo de surpresa. Ela continua insistindo por que eu to diferente, e então eu respondo com sinceridade:

“Você quer saber, é que eu não sei amar sozinha, o amor não sobrevive de vento, e você é fria e indiferente e eu resolvi que com você o melhor é o desapego, aquele desapego que eu tinha no começo e que você gostava. Você fica longe, distante, e isso vai fazendo com que meu sentimento por você vá diminuindo aos poucos. Eu não vou mais me humilhar e ficar tentando te agradar a toa. Eu não queria me entregar, me entreguei e você não percebe o quanto eu gosto de ti, talvez o que é bom pra você não é bom pra mim”.

O silêncio reina...

Pra quebrar o silêncio começo a brincar com ela...Beijinho no pescoço, cafuné, comentários engraçados. Falando nisso, engraçado como ela estava ótima o tempo todo que estive ali. Nem um sinal de estar mal como havia dito.

Fui para casa e lá pelas tantas a namorada liga dizendo que está bem e que vai passar na minha casa depois do serviço pra me ver. Vejam só como a coisa muda rápido. Ela se sentiu ameaçada e ficou com medo de me perder e logo deu um jeito de ir. Ou seja, quando ela realmente quer, ela dá um jeito de me ver. Na verdade a história de ela estar passando mal eu não engoli direito. O que vocês acham? Foi meio estranho não? Ou será que eu que estou pirando nisso já?

Bom, 18:30h em ponto ela chega lá em casa, alegre, carinhosa, me perguntando o tempo todo se gosto dela, pedindo abraço, isso, aquilo. E com um fogo que minha nossa. Posso dizer com toda certeza que foi o melhor transa que já tivemos.

Resumindo, conclui que se eu sou legalzinha, queridinha, daquelas namoradas bobas, apaixonada, romântica que fica fazendo tudo pela mulher amada, levooo na cara... E que sendo indiferente e desligada as mulheres gostam.

Sempre achei que toda mulher gostava de rosas, como cantou a linda e maravilhosa Ana Carolina, mas acho que tem mulher que gosta de chute na bunda. E com a minha é assim, quanto menos eu dou mais eu recebo, quanto menos me importo, mais ela se importa. Quanto menos apego melhor.

Ah esqueci de comentar que no meio da noite uma “colega” que era (passado) a fim de mim ligou para o meu celular e a namorada estava ali comigo ainda, ela atendeu e soltou os cachorros na guria e eu fiquei uma fera. Achei infantil da parte dela. Deveria ter me deixado atender e dizer que minha namorada estava ali comigo.

Bom , eu não tenho culpa de a minha colega ter me ligado.

Acho que devo desculpas pra ela pela grosseria da minha namorada. Coitada, ouviu o que queria e o que não queria.

E assim a gente vai levando... Vamos ver até onde vai dar pé!

Um comentário:

  1. Entendo perfeitamente o que vc diz, sobre gostar de sofrer. Mas acho que todas nós gostamos afinal. Vc mesma, porque é tão apaixonada por ela? não seria porque ela é assim indiferente?
    E é óbvio que isso também chamou mais a atenção dela...
    Tô chegando a conclusão que toda mulher é masoquista...
    To começando a falr nisso no meu blog, dá uma visitadinha por lá...
    bjks

    http://psycholes.blogspot.com/

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